22 de junho de 2020 – um dia após o eclipse.

Sobrevivi até agora. Já foram embora três professores da faculdade (que eu saiba), três servidores da empresa onde trabalho, atualmente há duas pediatras com covid-19 e todas as minhas parceiras já pegaram covid-19 e sararam – ainda bem.

Eu continuo sem sintomas, mas cada espirro que ocorre por causa da rinite, é um desespero. Falta uma semana para que eu volte a sair nas ruas todos os dias. Será cansativo, eu sei, mas foi a carreira que escolhi, e não saberia fazer outra.

Estressei um monte com pavor de atender muitas pessoas durante o dia. O médico que divide consultório comigo está fora por tempo indeterminado. E não o julgo. Queria estar também.

Pelo menos é um a menos frequentando o consultório. Já quero voltar cheia dos cartazes de “não encoste na mesa” ou “ajeite sua máscara”. Mas sei que de nada vai adiantar se eu tiver que me contaminar… Não tenho esperanças de que a pandemia termine aqui no Brasil sem que todo mundo se contamine antes… Nada está sendo feito para conter a transmissão… pessoas continuam não sabendo andar de máscara (e não irão aprender), tocando em tudo e chegando próximo demais.

Nós demoramos mais de seis anos para nos acostumarmos a “enxergar” o invisível… o povo que não sabe nem ler… tenho a impressão de que nunca saberá se proteger adequadamente.

O grupo da academia anda INSUPORTÁVEL querendo a volta aos treinos. Como se não tivessem dinheiro para pagar personal trainer na academia do condomínio delas… Mais grave que a covid-19, só a ignorância mesmo da população. Em pensar que se estivesse morando em Viena, já estaria saindo novamente às ruas para passear nos jardins do Schonbrunn…

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